Com 3 meses em quarentena pelo combate à propagação do coronavírus, algumas empresas do setor de tecnologia da cidade de São Paulo têm agido na contramão da flexibilização, ignorando a retomada dos escritórios e investindo cada vez mais no home office.
É o caso da Prox, que adotou o sistema de home office logo no início da quarentena, adotando ferramentas e mobilizando toda a equipe para o trabalho remoto.
No dia 16 de junho, foram completados 90 dias de quarentena para combater o avanço do Coronavírus no Estado de São Paulo.
Com a proposta de flexibilização para a retomada da economia, diversos setores reabrem gradativamente, respeitando o calendário de fases para a reabertura.
Na segunda fase da reabertura, os escritórios começaram a retomar as suas atividades em seus endereços comerciais.
No entanto, é possível notar um movimento contrário das empresas de tecnologia, que preferem estender o trabalho em home office.
Um novo cenário
Toda empresa com um pouco de planejamento é capaz de estruturar um plano de crise, prevendo ações emergenciais para algum cenário decorrente da economia, do transporte, ou qualquer outra atividade externa que possa interferir no seu faturamento ou relacionamento com o cliente.
Mas a verdade é que nenhuma empresa estava preparada para lidar com as consequências de uma pandemia mundial.
Desde 1918 não era visto um cenário como esse.
Cerca de 0,11% da população brasileira perdeu a vida para a Gripe Espanhola naquele ano.
Não existia um órgão governamental responsável pela saúde pública no país, apenas a igreja católica sustentava algumas poucas unidades da Santa Casa de Misericórdia.
Pouco mais de cem anos depois, temos uma Organização Mundial de Saúde coordenando ações de combate à uma nova pandemia, comunicando resultados, pesquisas e avanços com muito mais agilidade.
A rede social Twitter anunciou no começo da quarentena que adotará um home office permanente para seus colaboradores.
Outra empresa que age na contramão da retomada aos escritórios é a PROX, que decidiu prorrogar o home office e manter as atividades remotas por todo o ano de 2020.
Agilidade e adaptação à nova normalidade
Num curto espaço de tempo, a Prox conseguiu padronizar uma infraestrutura remota, incluindo ferramentas de comunicação interna, compartilhamento de arquivos e ambientes para reuniões virtuais.
De acordo com Renato Souza, CEO da PROX:
“Não há a mínima possibilidade de retornarmos para o escritório de uma forma segura ainda este ano! Vimos o que aconteceu com outros países que afrouxaram o isolamento social e registraram grandes aumentos nos casos de coronavírus. Não faz sentido colocarmos a vida dos nossos colaboradores e clientes em risco sendo que trabalhamos tão bem remotamente.”
Renato adaptou toda a rotina de trabalho da sua equipe para atender um modelo de home office eficaz e capaz de garantir um atendimento mais ágil ao cliente
Ainda que seja um atendimento remoto, não foram poupados recursos e ferramentas de trabalho que possam dar a mesma qualidade de um atendimento presencial.
Assim como outras empresas do segmento, a PROX planeja retomar suas atividades no escritório, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde.
O calendário de eventos e viagens está suspenso até segunda ordem.
Quando for necessária, a presença dos colaboradores nas instalações da empresa seguirá uma nova conduta, respeitando o distanciamento social e reforçando a higiene das estações de trabalho e das áreas comuns.
O uso de máscaras e álcool em gel seguirá normalmente, enquanto forem necessários.
Ou seja, serão tomadas todas as ações necessárias para garantir a integridade da saúde dos colaboradores, familiares e clientes da empresa.